Santa Maria

Vendas do comércio no final de ano podem crescer em até 20% em relação a 2019

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Foto: Marcelo Oliveira (Especial)/

Um levantamento preliminar feito pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio de Santa Maria (Sindilojas) aponta que as vendas de final de ano podem crescer até 20% em comparação com 2019, último ano de referência. De acordo com o presidente da entidade, Ademir José da Costa, em entrevista à CDN, na manhã desta terça-feira, ainda não foi feita a pesquisa de balanço de fechamento do ano, pois após o Natal há o período de trocas de presentes que movimenta as lojas. No entanto, uma prévia feita com 110 lojistas até o dia 23 de dezembro demostrou que mesmo não atendendo às expectativas, o saldo foi positivo:

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- Vamos lançar a pesquisa a partir do dia 2 de janeiro e nós vamos trabalhar os dados do varejo, que é confecção, calçados, presentes, fora o setor de alimentação e mercados. Tínhamos perspectiva de que iríamos vender 30% a mais do que em 2019. Ainda não temos dados oficiais, são dados bastante empíricos. Mas foi muito positivo, em relação ao que vinha acontecendo antes no período de pandemia, em 2020.

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Além disso, o levantamento prévio também mostrou que mais de 60% dos lojistas disseram que as vendas físicas diminuíram. Em contrapartida, a entidade revela ter tido uma surpresa agradável em relação às vendas pelas redes sociais.

- Tivemos, durante a pandemia, uma nova forma de vender, em que diminuíram as vendas dentro das lojas. Agora, mesmo com o retorno do público às ruas e o avanço da vacinação, as pessoas estão se acostumando a comprar por redes sociais, e a surpresa que tivemos dos lojistas é que eles se adaptaram muito rápido. A gente sabe das dificuldades que os pequenos lojistas têm de incluir tecnologia, mas o que a gente percebeu é que eles avançaram e as vendas aconteceram. Há uma compreensão de que o momento requer uma nova forma de se comunicar com seus clientes, não é só jogar nas redes, é saber quem é sua clientela e se comunicar com ela - comenta Ademir.

VENDAS EM 2022
Para o próximo ano, é provável que o período de promoções seja um pouco mais curto do que o normal, em função da dificuldade enfrentada por alguns lojistas na reposição do estoque:

- As liquidações de final de ano sempre vão acontecer, mas eu avalio que algumas coisas que estamos fazendo nos últimos anos parece que estão com o modelo esgotado, como o Liquida de 15 dias. Na minha opinião, esse modelo é muito difícil, pela falta de produtos. Tivemos dificuldade de repor estoque, muita gente comprou mal e não o estoque está reduzido, muitos por precaução. Em função disso, é provável que esse ano o Liquida Santa Maria seja mais curto.

Já em relação à inflação, o presidente do Sindilojas acredita que será um ano difícil, e que os comerciantes precisam manter o pé no chão.

- O varejista é, por natureza, otimista. Mas como entidade, temos de olhar mais adiante. No Brasil, não conseguimos separar economia da política. Nós vamos sobreviver além dos interesses políticos, mas isso afeta a economia, e temos de estar muito bem preparados. Acho que vai ser um ano difícil, até mesmo pela inflação elevada que nós temos. Estamos com 10% de inflação e não se vê perspectiva de redução. Parece que vai avançar ou continuar nesses patamares, o que tem um custo elevado para as empresas. Vejo dificuldades, principalmente no primeiro semestre, mas não será como no começo da pandemia. Não vai ser fácil - finaliza.

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